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Sobre a Obra Dispersa, de Manuel Antônio de Almeida ( Rio, Graphia, 1991, introdução, seleção e notas de Bernardo de Mendonça). In: “Manuel Antônio de Almeida: A História de uma Modernidade Adiada?”, mesa redonda realizada na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro, em 4 de dezembro de 1991. ***
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O trabalho sem dúvida nenhuma traz uma contribuição do maior interesse para todos aqueles que estudam a literatura brasileira e, até, a história do Brasil. Além da reunião de textos inéditos, que é sempre uma preciosidade em se tratando de um autor da importância de Manuel Antônio de Almeida, o organizador acrescenta notas valiosas, explicações de ordem histórica e de ordem contextual a todos os documentos que publica.
A Obra Dispersa revela o jovem Manuel Antônio de Almeida eticamente comprometido com sua verdade, seu idealismo, contestando os poderosos, mostrando uma vocação indiscutível para a crítica literária — as páginas de crítica literária são perfeitamente atuais, legíveis hoje sem restrições —
e refletindo sobre os grandes temas de seu momento. Quando ele faz isso, está exercendo a modernidade e está contribuindo com uma parcela de sua inteligência, de seu senso crítico, para aquilo que seria uma visão de modernidade no sentido mais amplo do termo.
(Transcrição de fala, sem revisão da autora).